30/11/24 - Sábado
10:00
Em uma casa de artes de São Paulo
A prática do caminhar, do errar, pelas cidades envolve três aspectos que nos joga de frente com a possibilidade criativa da percepção de si e do mundo: o perder-se, os passos lentificados e a incorporação no espaço.
O perder-se nos coloca diante do encontro com o novo, com o diferente, com o outro. Ao caminhar sem um destino certo, nossos sentidos se aguçam buscando uma rota, nos oferece uma nova percepção do espaço e desta forma nos invoca a nos perceber novos diante do mundo.
A lentidão – o ritmo lento nos desperta a atenção. Percebemos melhor as coisas quando nos demoramos. Caminhar sem pressa, mudando o ritmo do cotidiano urbano, provoca a nossa percepção dos detalhes que nos rodeiam. Na pressa deixamos muito para trás. O passo lento, vagaroso oferece cuidado, resistência a aceleração contemporânea e a pressa que nos impossibilita a reflexão.
Incorporar os espaços – A monotonia, a passividade e a anestesia são atualmente as experiências que nossos corpos vivenciam em relação as cidades. Incorporar os espaços, ou corporificar as cidades significa oferecer uma nova experiência corporal, uma dinâmica que criticaria o corpo “desencarnado” e “espetacular” da atualidade. Um convite para despertar um novo estado sensorial.
O caminhar é uma experiência crítica e estética, crítica pois nos faz questionar nossas errâncias e estética pois nos sensibiliza através dos nossos passos.
Idealizadora
Psicóloga arquetípica e Arteterapeuta especialista em criatividade (CRP-06/102780)
Melina é uma rueira que encontra beleza nas coisas simples e autênticas da cidade. Suas jornadas não são apenas passeios, mas experiências enriquecedoras que a conectam profundamente ao ambiente urbano e às pessoas que o habitam. Ela é uma observadora da vida cotidiana, uma curiosa do mundo e uma buscadora de inspiração em cada esquina.
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